23.1.13

V

  Não importa em que situação da vida eu esteja, nunca estarei bem comigo mesmo; abatido por razões contraditórias, traste antigo... Apenas não consigo mais... Nada parece como realmente é, sinto como se nunca vivi e o rio que passou ainda afoga o oceano. Eu quero morrer a todo o momento, não quero mais esse espelho. Foi triste quando os pequenos foram embora.
  Não consigo muito bem saber o que sinto por determinadas ocasiões, teria sido melhor - e assim esculpi meu fardo. Um por um os tijolos foram colocados, não faltou gente para construir os andaimes; para mim construí um covil e não há mais culpa ou compaixão, pura hipocrisia, tempo perdido, fracasso. Dor enraizada, revolta, arrependimento. Não vou mais falar dos meus sentimentos profundos.

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