25.4.13

XXVI

Talvez eu não seja bom o suficiente,
Talvez eu não seja eu o suficiente.
Inocuamente retiro-te um pedaço e te dou,
Restou o cheiro de tabaco pelos corredores
E um pouco de conforto em saber, em sentir-me aspirante
Ao o que não é dor.

Tem vezes que me torno turista do que nós vivemos,
Se por vezes utilizo um sentido dúbio
É por uma forma de anti-parasitar, antes de perdoar;
Então, o que existe se você não me tirar daqui?
O que quer que eu seja, talvez não é muito bem o que eu queria.
Já chegamos aqui, e já não tenho muito mais a dar;
A trovoada despiu os carrascos
Que ludibriaram o rei.

A aurora trouxe novas mentiras, novas selas;
Como os que sentem, o que menos tiver será retirado por completo.

Talvez não seja nada o suficiente -
Quanto há de vida, não há o que viver;
A culpa é minha para não perder os costumes
E paranóia.

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